quinta-feira, 25 de março de 2010

Capítulo #1

A chuva que batia em seu rosto puxava-o lentamente da terra dos sonhos. À medida que suas pesadas pálpebras se abriam, um mundo embaçado se revelava. Enquanto ia recobrando os sentidos, sua percepção retornava, e agora sentia um filete quente escorrendo em seu rosto em contraste com a gélida água que caía. Colocou a mão em sua face em uma tentativa débil de compreender o que se passava. Surpreendeu-se ao deparar com um líquido rubro cobrindo sua mão. Abaixou-a e viu que estava debruçado sobre um volante. Olhou para cima e percebeu que a chuva que o atingia vinha do buraco que uma vez abrigara o pára-brisas. Uma luz piscava no painel e iluminava seu rosto, visível pelo retrovisor que agora se encontrava no banco do passageiro. Olhou para fora e tudo que via eram árvores. Tentou se lembrar de como chegara àquele lugar, do porquê de estar ali, e mais importante, tentou se lembrar do momento do acidente. Nada. Quanto mais tentava se lembrar mais as respostas pareciam se distanciar. Não se lembrava de nada de antes do acidente, nem mesmo seu nome.

3 comentários:

mrapple disse...

Eu, tipo, adorei pra caramba isso!! Sei lá, quando começou com "Surpreendeu-se ao deparar com um líquido rubro cobrindo sua mão. Abaixou-a e viu que estava debruçado sobre um volante." eu rachei.. desculpa se você bateu o carro, mas eu gostei muito. Gostei também da maneira como você foi revelando a situação.. Eu.. só gostei! \o/
PS: se beber não dirija.(y) uhaushuahsuha

Aaah.. eu adorei seu comentário na Ultima Folha.. Fico feliz que tenha tirado alguma coisa daquelas linhas nebulosas. As pessoas costumam achar difícil mesmo de entender. Porque é realmente complicado..
Fiquei feliz xD

Axé, grand'amigo!

Leozoide disse...

gostei muito =]

Anônimo disse...

e apartir de agora quais luzes ele verá, quais líquidos beberá.. quantas vezes não vai desejar ter morrido. morrerá?